quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Rita Lee: Panis et Circencis ou Tropicália


Rita Lee e os Mutantes: LP Panis et Circencis ou Tropicália

https://www.facebook.com/groups/LetrasRitaLee

Panis Et Circencis

Rita Lee


Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
As cinco horas na Avenida Central
Mas as pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer

Mandei plantar
Folhas de sonhos no jardim do solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raízes procurar, procurar

Mas as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São as pessoas da sala de jantar
Essas pessoas da sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Composição: Caetano Veloso / Gilberto Gil / Torquato Neto
Caetano Veloso e Gilberto Gil causaram grande impacto em suas apresentações no III Festival de Música Popular da TV Record, no ano de 1967.

Ali, foram lançadas as bases para o maior evento músico-cultural brasileiro do Século XX, a Tropicália ou Panis et Circencis em sua versão musical - um movimento que mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais daquela época, como as das correntes artísticas de vanguarda, da cultura pop nacional e estrangeira (como as influências do Rock na música contemporânea mundial, e -- também -- a influência do Concretismo).


Antes de fins sociais e políticos, a Tropicália foi um movimento nitidamente estético e comportamental. Em maio de 1968, começaram as gravações do álbum Tropicália ou Panis et Circencis que seria o manifesto musical do movimento, do qual participaram artistas como Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé - além dos poetas Capinam e Torquato Neto e do maestro Rogério Duprat (responsável pelos arranjos do LP).
A primeira música do álbum Panis et Circencis é "Miserere Nobis", de Gilberto Gil e Capinam.

Na sequência vem Coração Materno" - canção até então considerada de mau gosto. A faixa-título Panis et Circencis é interpretada pelo grupo paulista Os Mutantes, com sinais nítidos do conjunto: a psicodélica Baby, grande hit desse álbum, foi cantada por Gal Costa.
O LP Tropicália ou Panis et Circencis ficou em 2º lugar na Relação dos 100 maiores discos da Música Brasileira, feita pela revista Revista Rolling Stone Brasil.



LP Tropicália ou Panis et Circencis Pão e Circo

Lançamento: julho de 1968
FaixasTítuloIntérpreteDuração
1.Miserere Nobis José Carlos Capinam e Gilberto GilGilberto Gil3:46
2.Coração Materno Vicente CelestinoCaetano Veloso4:17
3.Panis et Circencis Caetano Veloso, Gilberto Gil e Torquato NetoOs Mutantes3:35
4.Lindonéia Caetano VelosoNara Leão2:14
5.Parque Industrial Tom ZéGilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Os Mutantes e Tom Zé3:16
6.Geléia Geral Gilberto Gil e Torquato NetoGilberto Gil3:43
7.Baby Caetano VelosoGal Costa e Caetano Veloso3:32
8.Três Caravelas Las Tres Carabelas Algueró Jr., Moreau. Versão: João de BarroCaetano Veloso e Gilberto Gil3:06
9.Enquanto Seu Lobo Não Vem (Caetano Veloso)Caetano Veloso2:29
10.Mamãe Coragem Caetano Veloso e Torquato Neto)Gal Costa2:31
11.Bat Macumba Caetano Veloso e Gilberto GilGilberto Gil2:34
12.Hino ao Senhor do Bonfim
Artur de Sales e João Antônio Wanderley
Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Os Mutantes3:39

Rita Lee: Aposentadoria dos Palcos em Aracaju, com Direito a Bate-Boca com a Polícia Militar


Rita Lee: Aposentadoria dos Palcos em Aracaju, com Direito a Bate-Boca com a Polícia Militar



No dia 22 de janeiro de 2012, Rita anuncia sua aposentadoria dos palcos em seu show de estréia no Circo Voador no Rio de Janeiro devido à sua fragilidade física: "Me aposento dos shows, mas da música nunca", explicou Rita Lee no seu Twitter.24

Oficialmente, a última apresentação de Rita Lee nos palcos foi no dia 28 de Janeiro de 2012 no Festival de Verão de Sergipe, e que terminou em caso de polícia, quando Rita Lee se revoltou com uma ação policial agressiva com seu público e mandou toda a polícia do Estado de Sergipe tomar no (Piiiiii), inclusive com o Governador Marcelo Déda, o qual ainda defendeu a ação policial. Acusada de desacato à autoridade, Rita Lee foi encaminhada a delegacia após o show para prestar depoimento, e liberada em seguida.

Pra você ver, né! Na Inglaterra, o Príncipe Charles declarou, há duas ou três décadas, que Rita Lee é (era, não sabemos se continua) a sua cantora preferida. E Aracaju nos sai com uma dessas. Uma total falta de respeito com a Arte e a Cultura. Coisa de Tupiniquim mesmo.


Por essas e outras é que nos perguntamos quando será que a truculência policial herdada da Ditadura Militar será expurgada de nossa sociedade civil.

No dia 17 de maio de 2012, Rita Lee voltou aos palcos, numa festa privê, apresentando seu show no Teatro Boa Vista, em Recife.



Adiante um Copy & Paste do Blog Viva la Brasa a que transcrevemos, pois após um breve intróito, também fez um Copy & Paste do Jornal Estadão, com a transcrição de um canto de Literatura de Cordel onde o caso é contado e cantado em detalhes.

OVELHA NEGRA


“Que deselegante!”, deve ter dito a Sandra Annenberg ao ver as imagens do imbróglio da Rita Lee c/ a PM do Estado de Sergipe (Capital Aracaju)que resultou na prisão da cantora de 67 anos em seu show de despedida.

“- Venham me prender, porra! (Rita Lee pede e a PM atende)”, estampou o CINFORM, jornal sensacionalista local. O episódio envolvendo o assédio policial a um moleque portando um beque ganhou manchetes de jornais, foi notícia nacional, trending toppic, dividiu opiniões e, duas semanas depois, ainda rende assunto.

Rita Lee é uma lenda viva, precursora do rock nacional c/ os sensacionais Mutantes, e recebeu o apoio de toda a classe artística, evidentemente. O que a levou a prestar declarações na delegacia nem foi tanto ter tomado as dores do jovem maconheiro – foi ter chamado os tiras de “cavalos”, “cachorros”, “filhos da puta” e mandado o “patrão” deles tomar no cu. Surtou, ao lembrar-se da ditadura.

A apresentação aconteceu na minha área, Atalaia Nova, durante o Verão Sergipe, um evento público – e o governador Marcelo Déda estava na platéia. “Ela buscou colocar o público contra a polícia, que estava cumprindo o seu papel. Induziu ao consumo de drogas, fez deliberada propaganda, o que é proibido pela legislação. Nós vamos processá-la para que ela devolva o cachê desse show”, Déda ameaçou.

Eu não tinha entendido o porquê da vovó roqueira ter escolhido logo a Barra dos Coqueiros p/ encerrar sua carreira [?!], até rolar essa treta toda. Lembrei que há 4 anos houve uma história de superfaturamento, uma conta de R$ 350.000,00 p/ cobrir despesas de um show dela em outro evento do governo, sendo que a Rita só teria recebido R$ 50 mil, num episódio conhecido como “Micareta Picareta”.

Aposto que a velhinha já veio c/ sangue no olho, a fim de aprontar alguma mesmo. “Rock’n’roll!”, gritaria o Ozzy. O jornal paulista ESTADÃO publicou um cordel de Christian Carvalho Cruz contando essa história c/ mais riqueza poética – e de detalhes. Quem está certo eu não sei, só sei que foi assim:


O DIA EM QUE LAMPIÃO SE APODEROU DE RITA LEE*


“Veje homi seu menino
Sente que vou lhe contar
Do dia que baixou Virgulino
Em um palco feito altar
Na Rita que não é a santa
Mas moça boa no falar

Antes contudo todavia
Um bocado acabrunhado
Peço a bença dos poetas
Que nessa arte têm mestrado
Não riam aqui deste mané
Um patavina do Assaré

Pois aquele um, o Virgulino
É o próprio Lampião
Falecido no Sergipe
Sítio deste dramalhão
E Rita é a Lee, a negra ovelha
Nossa mais digna pentelha

Foi na Barra dos Coqueiros
Sua cantoria derradeira
Armou-se grande festa
Pro adeus de uma roqueira
Agora não venham os dotô
Com essa chata choradeira


Vocês conhecem essa cara
Essa fala, esse cheiro
Portanto se desespantem
Com os modos de carroceiro
Ela ficou só pouco mais fula
Com o espírito do cangaceiro

Quando a dita assombração
Empreendeu sua manobra
Ocupando aquele corpo
De cabelo cor de abobra
Ela sentindo a ditadura
De cabrita virou cobra

Era noite alta e fresca
Quando surgiu a soldadesca
Bulindo o povo, acintosa
Atrás da tal erva venenosa
Lá de cima Rita viu
Parou o show, o céu caiu

E quando súbito se viu
A lua desaparecer
Na praça antes pacata
Foi um tal de se benzer
'Vixe cr’em Deus pai
O regabofe vai feder'


Possuída pelo fantasma
Do bandoleiro nordestino
Rita fez da voz o bacamarte
E da bala o seu hino
Chamou major de cachorro
O tenente de eqüino

A roqueira do cangaço
Disse tudo sem volteio
Oiô de frente a guarda
Exibiu dedo do meio
C’atitude obscena
Só cresceu o rebosteio

Nem o beiço quis molhar
Com água, suco ou fruta
Se dirigiu aos capacetes
'Seus filhos duma puta
Venham me pegar
Sou avó mas tô enxuta'

A razão e o motivo
De tamanho aporrinho
A Lampiona deixou claro:
A força bruta, o desalinho
No lombo da meninada
Causa dum baseadinho


Indo pra lá mais adiante
Não precisa de adivinho
Pra notar naquele grito
Também disparo de espinho
Contra os cabra que arrocha
Aluno, nóia e Pinheirinho

Por isso e mais um tanto
Que a mutante encrenqueira
Em seu verbo assoberbado
Pôs nos dente a peixeira
Dando devido sacolejo
Na triste vida brasileira

Quem ficou aperreado
Foi Déda governador
Disse e não é chiste
Que Rita está em seu playlist
Mas xingar homem da lei
É demais pra quem assiste

Não por outra o mandatário
Pensou ir ao tribunal
Cortar a paga do cachê
Mas evitou posar de mau
Se Rita lamentasse o auê
'Causdequê?! Do fumacê?!'


Entremente o rebuliço
Muito apoio lhe foi dito
O filho Beto veio aqui
E confessou estar aflito
O titã Sérgio Britto:
'Fuck the police, viva Rita Lee!'

Ainda chefe de Corisco
64 anos e avó
Gulosa, escandalosa
Foi levada ao xilindró
E nas venta do delegado
Passou novo forrobodó

Causo tão misterioso
Os pelo sobe de alembrar
Mas juro ao senhor
Pela emoção não me guiar
Tava assim de cabra da peste
Que pode tudo confirmar

Do seio da luz brilhante
Veio o divino chanceler
Em pessoa o Padim Ciço
Com sua mágica colher
Futucou-lhe as entranhas
Rancou o capeta da mulher


A cantante estrebuchava
Se arrastando pelo chão
Pro marido ela explicava:
'Foi o calor da emoção'
E Roberto amparava:
'Cospe, Rita, cospe fora o dragão'

Exorcizado o coisa ruim
Ordenou o padroeiro
'Rita, mia fia
Não atuo de bombeiro
Pois volte já pra rede
Escandalize os tuiteiro'

Ela beijou a mão do santo
Agradecida e juvenil
Pensou que bem podia
Ser presidenta do Brasil
Pra dar Panis Et Circenses
A essa gente tão gentil

Má ideia não seria
Pois artista não sobrou
Chico só quer bola
E Caetano caducou
Então vote em Rita Lee
Prum país mais rock and roll!



Vou parando por aqui
De sua paciência abusei
Minha lira se gastou
Das fantasias que cantei
Mas garanto meu amigo
Se aumentei não inventei.”

*XILOGRAVURA DE J.BORGES, ARTISTA PERNAMBUCANO DE 76 ANOS
Postado por Viva La Brasa às 7:19 PM

Rita Lee: 2010 Turnê ETC


Aposentadoria e Reza (2010-presente)

Turnê Etc...


Em 2010, Rita iniciou sua nova turnê, ETC..., que estreou em Belo Horizonte, na qual Rita canta sucessos que ficaram fora de seu repertório por bastante tempo como Atlântida, Vírus do Amor e Luz del Fuego. A cantora também apresentou no show um número em homenagem a Michael Jackson, com a ajuda de Nikki Goulart, um cover do cantor.

O show percorreu várias cidades do Brasil como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, além de ter passado pela capital argentina, Buenos Aires, com apresentação no Teatro Gran Rex.

Rita Lee: 3001 O Melhor Disco de Rock no Grammy Latino de 2001


3001 e Bossa'n Beatles (2000-2002)



Rita em 2006

Em 2000 Rita lança o álbum 3001, que teve grandes sucessos como Erva Venenosa, Pagu e o sucesso radiofónico O Amor Em Pedaços. O show 3001 ganhou um especial de fim de ano na Rede Bandeirantes, o show apresentou vários hits do novo CD e contou com as participações de Caetano Veloso, Zélia Duncan, Paula Toller e Pato Fu. Considerado uma máquina do tempo músical, 3001, é nomeado como o Melhor Disco de Rock no Grammy Latino de 2001.

Logo após o sucesso de 3001, Rita Lee grava um CD com Releituras de clássicos dos Beatles. O CD é lançado como Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar, no exterior o nome é mudado para Bossa’n Beatles. A roqueira então inicia a turnê ‘’Yê Yê Yê de Bamba, percorrendo todo o Brasil e alguns países da América Latina como a capital Argentina Buenos Aires na qual fez apresentações como na casa de shows Luna Park. O álbum teve como seus grandes sucessos as músicas Minha Vida (In My Life) e Pra Você eu Digo Sim (If I feel).

Rita Lee: Carreira Solo e Retorno de Roberto de Carvalho


Carreira Solo e Retorno de Roberto de Carvalho (1991-1999)


Em 1991, Rita separa-se temporariamente de Roberto de Carvalho, profissionalmente, e inicia a bem-sucedida turnê voz-e-violão Bossa 'n' Roll. Em seguida lança o disco Rita Lee em 1993, dedicado a um rock'n'roll mais purista.

O casal só viria a dividir o palco novamente em 1995, durante a turnê do álbum A Marca da Zorra, foi com essa turnê que Rita Lee abriu o primeiro show dos Rolling Stones no Brasil. Pouco antes de Rita abrir esse show ela deu entrada no hospital por overdose, e no ano seguinte, sob o efeito de barbitúricos, sofreu uma queda da varanda no segundo andar de seu sítio, esfacelando seu côndilo maxilar e tendo que passar por uma cirurgia para colocação de pinos de titânio. Os médicos teriam dito que, após o acidente, ela jamais voltaria a cantar. Contudo, depois da cirurgia bem-sucedida e diante da possibilidade de retomar sua carreira, Rita teria se comprometido a largar as drogas, o que, segundo uma declaração da cantora ao programa Fantástico (Rede Globo), só fez totalmente em janeiro de 2006, depois de procurar ajuda em um hospício. Ainda em 1995 a música "Vítima" é tema de abertura da novela A Próxima Vítima.

Em dezembro de 1996, Rita casa-se legalmente com Roberto de Carvalho, passando a assinar por Rita Lee Jones Carvalho.

Em 1997, Rita lança o álbum Santa Rita de Sampa, o ábum teve como grande hit a música "Obrigado Não", a música "Dona Doida" foi tema de abertura da novela Zazá, o álbum possui ainda uma música chamada "Homem Vinho" a qual é uma homenagem de Rita para Caetano Veloso.

Em 1998, lança seu Acústico MTV que foi um grande sucesso de vendagens e crítica. O CD conta com a participação de Cássia Eller na música "Luz del Fuego", a cantora Paula Toller na canção "Desculpe o Auê", a banda Titãs em' Papai Me Empresta o Carro" e Milton Nascimento em "Mania de Você".

Rita Lee: Parceria com Roberto de Carvalho: Reconhecimento Internacional


Rita Lee em Parceria com Roberto de Carvalho: Reconhecimento Internacional (1979-1990)

A partir de 1979, Rita e Roberto começam a fazer discos e shows juntos - no formato dupla dinâmica - e inauguram uma fase superpop, de enorme empatia popular. Desenvolvem um estilo único, que se manifesta em vários álbuns desde então, os quais extrapolam as fronteiras de nosso país. Rolam mega espetáculos, diversos especiais para a Rede Globo num sucesso maciço de vendas e execução em rádios. O primeiro trabalho em disco da dupla Lee/Carvalho foi o álbum Rita Lee, mais conhecido por Mania de Você, de 1979, album que obteve enorme sucesso com canções (além desse mega hit que deu nome ao disco) como "Doce Vampiro", "Chega Mais", "Papai Me Empresta o Carro" e "Corre-Corre" entre outras tantas. No Brasil, Rita se transforma em mania nacional.

A grande dúvida da mídia na época era se essa febre iria durar até o próximo verão. A resposta veio com o disco seguinte, o histórico Rita Lee de 1980, mais conhecido pelo seu hit Lança Perfume. Do repertório fazem parte canções como (além da própria Lança Perfume), "Baila Comigo", "Nem Luxo Nem Lixo", "Orra Meu", "Shangrilá" e "Bem-me-quer". Lança Perfume estaciona por 2 meses em 1º lugar nas paradas de sucesso da França, chega em sétimo lugar da parada da Billboard e é lançado com grande êxito em vários países da Europa e América Latina. Até o Príncipe Charles da Inglaterra passa-se por excêntrico ao dizer que sua cantora favorita seria Rita Lee.

Em 1981 gravam o álbum Saúde, e o sucesso continua em músicas como a titular "Saúde", "Atlântida", "Banho de Espuma", e "Mutante". Seguem-se através dos anos hits como Flagra, Cor de Rosa Choque ,Só de Você, On the Rocks, Desculpe o Auê, Vírus do Amor, Bwana, Pega Rapaz, Zona Zen, Dias Melhores Virão, Yê Yê Yê, La Miranda, Perto do Fogo, Livre Outra Vez, Caso Sério, Barata Tonta, etc.

Desde a década de 1960, quando surgiram os Festivais de Música Popular Brasileira até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos musicais, apresentando novos e conhecidos talentos, eles registravam índices recordes de audiência. Rita Lee participou do especial Mulher 80 (Rede Globo, 1979), um desses momentos marcantes da televisão. O programa, dirigido por Daniel Filho, exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então, abordando esta temática no contexto da música nacional.

Os discos lançados a seguir tornam-se sucesso de público e crítica:

Rita Lee (1980) com Lança Perfume, Baila Comigo, Caso Sério, Ôrra Meu e Nem luxo nem lixo.

Saúde (1981) teve os sucessos com a música faixa título além de Banho de Espuma, Mutante, Atlântida e Tatibitati.

Rita Lee e Roberto de Carvalho (1982), com Flagra, Só de Voce, Vote em Mim, Barata Tonta e Cor de Rosa Choque.

Bombom (1984) foi mal recebido pela crítica, mas teve os hits Desculpe o Auê e On the Rocks e ainda como temas de novelas Raio X e Bobos da Corte.

Rita e Roberto (1985) foi aclamado pela crítica, mas não fez tanto sucesso quanto os anteriores junto ao público. Deste disco os hits são Vírus do Amor, Yê yê yê e Noviças do Vício. Neste mesmo ano Rita Lee se apresenta na 1ª Edição do Rock in Rio, apresentação que marca sua volta aos palcos após dois anos.

Ainda em 1985 Rita participa como uma das juradas do Festival do Festivais, na qual foi júri ao lado de personalidades como Marcelo Tas e Malu Mader.

Flerte Fatal em (1987) com os sucessos Bwana, Xuxuzinho, Brasix Muamba e Pega Rapaz. O álbum precedeu a vitoriosa Tour 87/88 onde Rita se despediu de shows em grandes ginásios, percorreu todo o pais finalizando com shows na Europa e Estados Unidos em 1988.

Zona Zen em (1988)com os hits Livre Outra Vez, Independência e Vida, Zona Zen e Nunca Fui Santa.

No fim da década de 1970 e durante todos os anos 80, influenciados pela Disco Music,23 Rita e Roberto emplacam sucesso após sucesso nas paradas. Rita ainda passa por intervenções cirúrgicas na época: uma devido a calos nas cordas vocais e outra na face, devido a um acidente de carro.

Em 1990, Rita Lee lança o álbum Rita Lee e Roberto de Carvalho, que teve entre suas faixas a música "Perto do Fogo", uma composição de Rita Lee e Cazuza e também os hits 'La Miranda' uma Ode à Carmem Miranda, que foi tema de abertura da Novela 'Lua Cheia de Amor' e Esfinge. Após o lançamento do álbum, Rita Lee e Roberto de Carvalho se separam e ambos seguem em carreira solo.

Rita Lee: Tutti Frutti: Consagração Nacional


Tutti Frutti e consagração nacional (1974-1978)

Depois de um curto período de depressão, formou com a amiga Lúcia Turnbull uma dupla no estilo folk rock, As Cilibrinas do Éden,19 20 cuja única gravação, ao vivo, no festival Phono 73, foi lançada recentemente, mais de 35 anos depois.

Rita e Lúcia desistem da dupla e formam a banda Tutti Frutti com Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci, entre outros. Rita, além de cantar, tocou piano, sintetizador, gaita e violão. Um contrato com a gravadora Philips é assinado, mas esta exige que o grupo assine como "Rita Lee & Tutti-Frutti". O que seria o primeiro disco do grupo não é lançado pela gravadora por problemas com a censura e com os executivos, que o consideraram "alternativo demais". 21 Eles voltam ao estúdio e Atrás do Porto Tem uma Cidade é gravado e lançado. Juntamente com o disco, é lançado o single Menino Bonito, que se torna a primeira música da banda a entrar na parada nacional, fazendo um amplo sucesso. Mamãe Natureza (primeira música composta por Rita após sua saída dos Mutantes) e Ando Jururu emplacaram paradas regionais somente, não tendo repercussão igualmente sucedida como o single antecessor.

Com o disco Fruto Proibido, lançado em 1975 pela Som Livre, Rita Lee alcança consagração nacional. O primeiro single, "Agora só Falta Você" chega a segunda posição na parada nacional e instantaneamente se torna um grande sucesso. "Esse Tal de Roque Enrow", "Luz del Fuego" e "Dançar Pra Não Dançar" também foram bem-recebidas pelas rádios, chegando a posições relevantes. Surpreendentemente, o último single, "Ovelha Negra", torna-se um sucesso inesperado quando emplaca a primeira posição da parada nacional no mesmo ano. Segundo a revista Rolling Stone, a música foi a primeira a citar o evento dos "filhos saírem da casa dos pais" e por isso teve tal repercussão estrondosa. Fruto Proibido, considerado uma obra prima do rock nacional, torna-se uma espécie de manual para fazer-se rock em português e chega a vender mais de 700 mil cópias, sendo certificado como platina duplo.

O terceiro disco, Entradas e Bandeiras, é lançado em 1976. O single "Coisas da Vida" atinge a décima posição na parada radiofônica nacional e se torna uma das mais tocadas do ano. Outros singles foram "Corista de Rock" e "Com a Boca No Mundo". O disco também contava com a faixa "Bruxa Amarela" que foi composta por Raul Seixas e Paulo Coelho. Devido a uma crise de estresse, Lee fica afastada do processo de mixagem deste disco, fato que ocasiona em um som mais pesado com a nítida predominância da guitarra de Carlini. Apesar de não fazer tanto sucesso quanto o seu antecessor, "Entradas e Bandeiras" também é certificado como platina duplo. .No mesmo ano conhece o músico carioca Roberto de Carvalho e inicia uma parceria musical/amorosa de sucesso, que segue até os dias atuais.20

Em agosto do mesmo ano, durante sua primeira gravidez e morando com Roberto, foi presa por porte e uso de maconha. Na verdade, tal episódio, considerado um dos mais truculentos da ditadura militar, foi um ato do regime com a finalidade de “servir de exemplo à juventude da época”, já que a cantora alegou que tinha deixado de usar drogas por causa da gravidez e que o que foi encontrado na época seriam restos usados por amigos e frequentadores da casa. 22 Mesmo assim, Lee foi condenada e ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especias do juiz para sair de casa e fazer shows. Abalada e sem dinheiro, compôs com Paulo Coelho a polêmica “Arrombou a Festa”, música que criticava o cenário da MPB da época. O single bateu recordes de venda, com 200 mil cópias vendidas. Com o namorado definitivamente incorporado à banda, Rita fica livre da prisão domiciliar e, mesmo grávida, sai em turnê com Gilberto Gil. O show, denominado Refestança, foi registrado em disco, mas, segundo a própria cantora, resgatou apenas 30% da atmosfera do show. Rita dá à luz seu primeiro filho, Beto Lee em 1977, seguido por João em 1979, e Antônio em 1981, todos tendo Roberto de Carvalho como pai.

Em 1978, a banda lança o disco Babilônia, que produziu os singles bem-sucedidos "Jardins da Babilônia", "Agora é Moda" e "Eu & Meu Gato". Outro destaque do disco foi a futurista "Miss Brasil 2000". Babilônia tem sido considerado por muitos como o último disco puramente de rock de Rita. Depois do lançamento do disco, a banda se desfez. Carlini, insatisfeito com sua posição secundária após a entrada de Roberto de Carvalho, resolve deixar o grupo e leva consigo o nome "Tutti Frutti", o qual havia sido registrado por ele. Assim, Rita reformulou a banda e colocou na estrada o show "Rita Lee & Cães e Gatos", nome dado devido às brigas internas durante os ensaios. Esse show deu origem a um dos primeiros álbuns piratas do Brasil, hoje, artigo de colecionador.

Rita Lee: Os Mutantes


Os Mutantes (1966-1972)

Por um período de seis anos, Rita Lee foi, com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, integrante da banda Os Mutantes, cantando, tocando flauta e percussão, além de performances bissextas no sintetizador, no banjo e manipulando bizarrices como um gravador portátil (como na música "Caminhante Noturno") e uma bomba de dedetização (em "Le Premier Bonheur du Jour") e sendo letrista. Em 1967, a banda acompanhou Gilberto Gil no III Festival de Música Popular Brasileira da (TV Record) na apresentação da canção antológica "Domingo no parque". Foram gravados seis álbuns (tendo o primeiro, de 1968, como uns dos álbuns mais importantes da história da música brasileira), que deram origem a hits como "A Minha Menina", "Dom Quixote", "Balada do Louco", "Dois Mil e Um" (primeira música a misturar o som sertanejo com rock'n roll) e o mais relevante: "Ando Meio Desligado". A mesma foi uma das músicas mais tocadas e vendidas do ano de 1970. Entre 1968 e 1972, Rita Lee foi casada com o companheiro de banda Arnaldo (o divórcio seria assinado somente em 1977).

Acompanhada dos componentes dos Mutantes, Lee gravou dois discos solo. O primeiro foi Build Up (1970), que originalmente era o repertório de um show que foi feito exclusivamente para uma edição da Fenit (feira de moda de São Paulo). Deste disco saiu seu primeiro single solo, José (uma versão de Nara Leão para o hino francês "Joseph"). O segundo disco Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida (1972), foi lançado com o seu nome pois Os Mutantes já tinham lançado disco naquele ano.

Em decorrência do fim de seu casamento com Arnaldo e incompatibilidades artísticas com os rumos que a banda estava tomando, Rita sai do grupo. Até hoje, Rita alega que foi expulsa dos Mutantes. Dentre distintas histórias e controvérsias, ela alegava que seus companheiros achavam que ela não tinha o virtuosismo necessário para tocar o rock progressivo, novo interesse da banda.

Rita Lee Biografia


Biografia

Nascida na capital paulista, Rita Lee é a filha mais nova de Charles Fenley Jones, e de Romilda Padula Jones, Seus pais tinham outras duas filhas: Mary Lee Jones e Virgínia Lee Jones.

Rita nasceu e cresceu no bairro da Vila Mariana, onde viveu por muitos anos, até o nascimento de seu filho. O bairro é especial a Rita, já que lá ela tem uma grande parte de todas as melhores lembranças de sua vida.15

Ela foi educada no colégio francês paulistano Liceu Pasteur, e hoje fala fluentemente português, inglês, francês, espanhol e italiano. Também chegou a cursar Comunicação Social na Universidade de São Paulo em 1967, na mesma turma da atriz Regina Duarte, mas deixou a universidade durante o primeiro período.

Durante a infância, teve aulas de piano com a musicista clássica Magdalena Tagliaferro. Não pensava em ser cantora de rock e sim ser atriz de cinema ou veterinária.16 Suas primeiras influências musicais foram Elvis Presley, Neil Sedaka, Paul Anka, Peter, Paul and Mary, Beatles, Rolling Stones, mas também escutava música brasileira como Cauby Peixoto, Ângela Maria, Tito Madi e João Gilberto, Emilinha Borba, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Maysa por influência dos país.17

Na adolescência passa a se interessar por música e começa a se apresentar em escolas da região como componente do "Tulio's trio".18 Em 1963, forma-se um conjunto com mais duas garotas, as Teenage Singers (Cantoras Adolescentes), que participam de shows e de festas colegiais. No ano seguinte elas conhecem um trio masculino, Wooden Faces. Os dois grupos se juntam, formando o Six Sided Rockers, banda que depois se chamará O'Seis,17 que chega a gravar um disco compacto com duas músicas. Com a saída de três componentes, sobram Rita, Arnaldo e Sérgio que passam a se chamar "Os Bruxos". Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passou a chamar-se "Os Mutantes".







Rita Lee Jones Carvalho, mais conhecida como Rita Lee (São Paulo,3 31 de dezembro de 1947), é uma cantora, compositora, atriz e instrumentista brasileira. Vendeu mais de 155 milhões de cópias de discos, a cantora brasileira que mais vendeu na história da música do país. Ao longo de sua carreira, foi premiada com mais de 30 discos de platina, 10 discos de ouro, 5 de diamante.4 Conhecida como "Rainha do Rock Brasileiro",5 6 Rita Lee construiu uma carreira que começou com o rock mas que ao longo dos anos flertou com diversos gêneros, como o tropicalismo, o pop rock e a música latina, criando um hibridismo pioneiro entre gêneros internacionais e nacionais.7

Rita Lee é uma das artistas que mais influenciou os músicos do Brasil que vieram a usar guitarra a partir de meados dos anos 70, sobretudo as mulheres.8 Ex-integrante d'Os Mutantes (1968-1972) e do Tutti Frutti (1973-1978), participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade em geral. Suas canções, em geral regadas com uma ironia ácida ou com uma reivindicação da independência feminina,1 9 têm emplacado nas paradas de sucesso, sendo "Ovelha Negra", "Mania de Você", "Lança Perfume", "Esse Tal de Roque Enrow", "Agora Só Falta Você", "Baila Comigo", "Banho de Espuma", "Desculpe o Auê", "Erva Venenosa", "Amor e Sexo", "Reza", entre outras, as mais famosas, além de ter lançado um álbum comumente visto como fundamental na história do rock brasileiro, Fruto Proibido (1975), considerado por alguns como sua obra-prima.10

Com uma carreira que quase alcança os 50 anos, Rita Lee passou da inovação e do gueto musical do final dos anos 60 e anos 70 para as baladas românticas de muito sucesso nos anos 8011 e já cantou com praticamente todos os músicos mais prestigiados do país, de Elis Regina a Cássia Eller. Em 1976, ela começou um relacionamento com o guitarrista Roberto de Carvalho e desde então ele tem sido o parceiro de suas mais canções e a acompanhou em todas suas apresentações ao vivo. O casal se casou no civil em 1996. Ambos tiveram o filho Beto Lee, também guitarrista, que tem tocado com os pais. Rita Lee também é vegetariana e defensora dos direitos dos animais.12 13

Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, onde Rita Lee ocupa o 15° lugar.14